segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Yolanda Penteado

Yolanda Penteado
Yolanda de Ataliba Nogueira Penteado (Leme, 6 de janeiro de 1903 – Stanford, 14 de agosto de 1983) era membro de umas das famílias mais tradicionais da aristocracia brasileira, filha de Juvenal Leite Penteado e de Guiomar de Ataliba Nogueira, descendendo por seu pai de João Correa Penteado e Izabel Paes de Barros.
Nasceu na fazenda Empyreo, no município de Leme, São Paulo, sendo fazendeira sensível aos rumos da produção rural no Brasil, e amante e incentivadora das artes, mulher pioneira, grande colecionadora. Também costumava frequentar a famosa casa do senador José de Freitas Valle, o senhor da Villa Kyrial, no bairro de Vila Mariana em São Paulo, o Salão Cultural mais importante da capital paulista, no início do século XX, sendo um dos idealizadores da Semana da Arte Moderna, em 1922, onde abrigou grandes nomes da arte, como Lasar Segall, Brecheret, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Sarah Bernhardt e tantos outros.
Sobrinha de Olívia Guedes Penteado, ("baronesa do café" e também grande patronesse das artes de São Paulo, na década de 1920), teve um rápido relacionamento afetivo com o aviador e patrono da Aeronáutica Alberto Santos Dumont no fim de sua adolescência, dentre tantos admiradores, inclusive com o jornalista Assis Chateaubriand que abusada mas carinhosamente a chamava de a "Caipirinha de Leme", justo a ela, uma aristocrata refinada.
Casou-se com Jayme da Silva Telles, amigo de sua família, de quem se desquitou após 13 anos, causando polêmica em São Paulo, e, em 1943, casou-se no México (ou "mexicou", como se dizia na ocasião, pois não era uma união válida no Brasil), com o ítalo-brasileiro Francisco Matarazzo Sobrinho, conhecido como Ciccillo, uma pessoa muito rica e influente na época. Não teve filhos, pois Yolanda tinha "útero infantil", e jamais poderia engravidar. Era extremamente ligada aos sobrinhos, especialmente à sobrinha Marilu Pujol Penteado Novaes (filha de Juvenal Penteado e Odila Pujol Penteado), que se casou com Otávio Novaes, filho da renomada pianista Guiomar Novaes. Marilu faleceu em desastre automobilístico aos 27 anos, exatamente quando se dirigia à fazenda Empyreo.
Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo organizaram a primeira Bienal de São Paulo, em 8 de outubro de 1951, com 1.800 obras e 21 países e, na segunda Bienal, em dezembro de 1953, trouxeram de Nova Iorque, onde estava guardada esperando o fim da ditadura de Franco para seu retorno a Espanha, a obra Guernica, de Pablo Picasso, como presente à cidade de São Paulo, nos seus 400 anos, comemorados em 25 de janeiro de 1954. Teve importante papel no estabelecimento do Museu de Arte Moderna de São Paulo e das Bienais, inclusive doando sua coleção particular e generosos recursos ao Museu de Arte Contemporânea da USP e colaborou com Assis Chateaubriand no Museu de Arte de São Paulo e na implantação dos Museus Regionais (Olinda, Campina Grande e Feira de Santana). Foram muitos os artistas, no Brasil e no exterior, que se tornaram seus amigos. Registrou no livro de sua autoria, "Tudo em Cor de Rosa", algumas das personalidades com quem conviveu. (O livro “Tudo em Cor de Rosa”, esta disponível para pesquisa e leitura no Museu Histórico Municipal de Leme “Prof. Celso Zoega Táboas”).
A Fazenda Empryreo foi palco de grandes festas promovidas por Yolanda, tendo como convidados personalidades como a do ex-presidente dos Estados Unidos o senhor Ronald Reagan, na época ator em Hollywood, além do poeta Vinicius de Moraes e do político e ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Não foram poucas as marcas profundas deixadas por Yolanda Penteado, assim como abundam os episódios com personalidades e mesmo de sua vida pessoal, tal como a separação de Ciccillo ou a venda da Empyreo, ao senador Pedro Piva e a tristeza da área que restou dela, cortada pela rodovia.
Yolanda foi responsável pela doação das terras do Clube de Campo Empyreo, Aeródromo de Leme, além de ter sido Provedora da Santa Casa de Misericódia de Leme.
Yolanda Penteado faleceu na data de 14/08/1983 aos 80 anos, no Hospital da Universidade de Stansford, nos Estados Unidos, onde estava internada a cerca de um ano para tratamento de um câncer. 
Seu corpo foi cremado e, atendendo a seu pedido, em 18 de agosto de 1983 suas cinzas foram espalhadas na fazenda Empyreo em Leme, São Paulo.

Representação na Cultura
• Retratada em minissérie da Rede Globo Um Só Coração, em 2004, pela atriz Ana Paula Arósio.

Fonte: Museu Histórico Municipal de Leme "Profº Celso Zoega Táboas"
Postado por: Gregório Bispo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dr. Rafael de Barros

Dr. RAFAEL DE BARROS 
Rafael Aguiar Paes de Barros nasceu na cidade de Itu, interior de São Paulo na data de 28 de Dezembro de 1835.
Filho do senhor “Capitão-Mor”, Bento Paes de Barros e da senhora Leonarda Aguiar de Barros.
Seu pai o senhor Bento Paes de Barros foi um dos primeiros Barões da cidade de Itu – SP.
Rafael fez seus primeiros anos de estudos na pequena e pacata cidade onde havia nascido, mais tarde, transferindo-se para São Paulo, capital, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo onde se tornou bacharel em direito no ano de 1858.
Nesta mesma época seu pai o envia para a Europa, mais precisamente para a Inglaterra, onde a intenção era a de buscar modificar o extremismo político do jovem Rafael.
Já em solo inglês, Rafael conhece o “Turfe”, esporte a cavalo muito tradicional no continente europeu.
Rafael foi casado com a senhora Francisca de Azevedo Barros, com a qual teve dezesseis filhos.
Após alguns anos Rafael volta para o Brasil, e através da união entre primos e amigos criam no ano de 1875 na cidade de São Paulo o Hipódromo Paulista, onde mais tarde no ano de 1871 passa-se a ser chamado de Jockey Club de São Paulo.
Rafael de Barros além de fundador foi também o primeiro presidente do clube, vale ainda salientar que o Jockey Club de São Paulo foi construído em terras de sua propriedade, localizadas no bairro da Mooca.
Devido à enorme paixão pelo esporte e principalmente pelos cavalos Rafael foi o iniciador da criação de cavalos puro sangue inglês na cidade de São Paulo.
Outro fato marcante na vida do Dr. Rafael de Barros era que ele professava o abolicionismo, do qual participou e assinou a famosa Convenção Republicana de Itu em 1873.
Em pleno regime monárquico Dr. Rafael elege-se vereador pelo partido Republicano Paulista. Na mesma época preside a Sociedade Promotora da Imigração e ajuda a fundar o jornal “A Província de São Paulo”, hoje “O Estado de São Paulo”. 
Dr. Rafael tornou-se Diretor do Museu Provincial no ano de 1877, e em 1878, juntamente com o senhor Joaquim Egydio de Souza Aranha, “O Marques de Três Rios”, unira-se para a abertura de uma empresa cujo objetivo era o de canalizar as nascentes da Cantareira para que fosse feito o abastecimento de água na Capital.    
Dr. Rafael de Barros foi também provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, fato esse ocorrido entre os anos de 1886 e 1889.
Em sua homenagem a cidade de São Paulo presta ao Dr. Rafael de Barros denominando a primeira transversal da Avenida Paulista, bairro do Paraíso com Rua Dr. Rafael de Barros.

Dr. Rafael de Barros e a cidade de Leme-SP

Na cidade de Leme foi proprietário da Fazenda São Rafael, local este o qual ainda hoje mantêm o seu nome, porém sem mais sua bela sede e seus mais de um milhão de pés de café distribuídos pelos seiscentos alqueires do local. Plantio e colheita do café o qual teria aprendido cultivar e amar com seu tio o Barão de Piracicaba, um dos grandes nomes do café no Brasil.
Dr. Rafael é homenageado pela cidade de Leme tendo seu nome em uma das ruas principais da cidade, a qual ficou carinhosamente conhecida como “Rafael”.
Dr. Rafael de Barros faleceu na data de 12 de Março de 1889 e seu corpo foi sepultado na cidade de São Paulo, no Cemitério da Consolação.  

Fonte: Relatos em textos do ano de 1995 feitos pelo senhor Manuel Fernando Queiroz dos Santos Junior, trineto do Dr. Rafael de Barros.
Manuel é médico, professor-doutor na Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo.

Texto – adaptação: Gregório Bispo – Secretaria Municipal de Cultura / PML
OBS: Favor não picharem os muros da nossa cidade em busca de informações. Precisou saber QUEM ou O QUE, é só ligar 3555.1333 ou fazer uma visita ao Museu Histórico Municipal de Leme " Prof. Celso Zoega Táboas".
Gregório Bispo - Secretaria da Cultura / PML

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Newton Prado - Herói Lemense

Herói Lemense



Newton Sizenando Prado nasceu na cidade de Leme – SP , em 16 de Junho de 1897, era filho de Pedro da Silveira Prado e Fileta Bennaton Prado. Residiu na rua 30 de Novembro (hoje rua João Pessoa), casa de esquina com a avenida 29 de Agosto.
Após certo tempo a família mudou-se para a Fazenda Cresciumal, na qual o senhor Pedro trabalhava como administrador, isso quando Newton Prado tinha apenas 4 anos de idade.
Newton fez o curso primário no Grupo Escolar Coronel Augusto Cesar. Ele também foi coroinha na Igreja Matriz, tempo de Padre Angelo D’Assunção, além disso participou da banda infantil no ano de 1910.
Terminado o curso primário a família Prado mudou-se para a cidade de São Paulo, cidade esta onde Newton cursou o ginásio. E mais tarde mudaram-se para a cidade do Rio de Janeiro.
Em 1917, mais precisamente no dia 2 de Julho, Newton Prado ingressou no exército e em 30 de Junho de 1920 foi classificado e nomeado como 2º Tenente.
Newton Prado participou do movimento que propunha a modernização das Forças Armadas Brasileiras e reformas políticas para o país, como uma maior centralização do poder nas mãos do governo federal e o voto secreto. Este movimento passou para a história com o nome de Tenentismo, o qual teve sua primeira manifestação na data de 05 de Julho de 1922.
Entre os jovens revoltados estavam figuras que como Newton passaram também para a história: destaques para o major Euclides Hermes da Fonseca, Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
Newton estava entre os 27 soldados liderados pelo tenente Siqueira Campos que, ao saberem da prisão de Hermes da Fonseca, resolveram partir para o combate. Dez desistiram; outros 17 e mais um civil de nome Otávio Correia, lutaram e ficaram conhecidos como “Os Dezoito do Forte” - Copacabana - RJ.
Pois quando chegaram as imediações da atual rua Siqueira Campos, foram surpreendidos por um violento tiroteio. Newton Prado foi gravemente ferido, vindo a falecer  7 dias depois, pouco antes de completar 25 anos.
A cidade de Leme homenageou seu herói com a inauguração no dia 05/07/1931 de um busto, localizado na Praça Ruy Barbosa.
O Jornal da época “Folha de Leme”, o qual tinha como diretor responsável o senhor Nilson Braz, trouxe na data de 18/08/1968 como matéria de capa o seguinte título:


“Restos mortais de Newton Prado serão trasladados para Leme”

Um pouco da matéria: Conforme entrevista havida ontem à noite com os jovens João Mancini e Jacir Lombardi, uma feliz iniciativa idealizada pelo espírito valoroso e patriótico desses moços, há algum tempo, vai tornar-se uma grande e mui significativa realidade para todos nós lemenses, no próximo dia 25 de agosto, “Dia do Soldado”, a trasladação já confirmada, de São Paulo para Leme, dos restos mortais de sempre lembrado herói lemense da Revolução de 22, dos valorosos homens maiúsculos do Forte de Copacabana, o inesquecível “Newton Prado”.

Fonte: Museu Histórico Municipal de Leme “Prof. Celso Zoega Táboas”
Postado por: Gregório Bispo    

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Antigo – Brasão do Município de Leme

Na data de 29/08/1955, o então prefeito municipal João Arrais Seródio Filho decretou e promulgou a seguinte lei – LEI Nº 177

...CONSIDERANDO a tradição das cores azul e branco, mantida pelo povo deste município, independentemente de qualquer ato oficial ou forma de governo;
 ...CONSIDERANDO a existência do brasão municipal, já integrado na história do município de Leme.
O brasão municipal terá respeitada a sua primitiva composição de conformidade com a descrição seguinte:
...um escudo branco com bordo azul, tendo no centro um coqueiro. Na parte superior do escudo, surge por trás do mesmo o sol nascente, figurado pelo rosto de homem. A direita do escudo existe uma cana de açúcar, com folhas e a esquerda do mesmo um ramo de café com frutos maduros. Na parte inferior do escudo existe uma fita azul entrelaçando a cana de açúcar e o ramo de café, com a legenda latina seguinte –
IN MEDIO TUTISSIME IBIS


Essa legenda está na ordem inversa
Tradução: Irás muito seguro no meio.


Fonte: Secretaria de Educação e Cultura
Projeto: “Brasil 500 Anos do Descobrimento”
Assessora Técnica: Maria Nilza Cassiolato Faggion
Postado por: Gregório Bispo

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pai da Alegria - Garibaldi

Salve!  Salve!  Alegria!!!

Renato Consuli – Garibaldi

Renato Consuli, nascido em Leme no dia 31 de outubro de 1937, era filho de Benedito Consuli e Emilia Arrais.
Mais conhecido como Garibaldi (nome com o qual seu pai pretendia batizá-lo em homenagem ao famoso italiano Giusepe Garibaldi, que lutou na Revolução Farroupilha).
Foi grande carnavalesco e desde a década de 90 foi Rei Momo oficial da cidade e do Clube de Campo Empyreo.
Cursou o grupo escolar no tradicional Cel. Augusto César e o ginasial no colégio Newton Prado, ainda jovem foi trabalhar na mecânica pertencente ao ex-prefeito Vitório Bonfanti, em seguida foi aprender o oficio de alfaiate com o Sr. Romano Violin. Após esse período de aprendizado exerceu diversas atividades, entre as quais uma loja de artigos escolares, uma doceria e finalmente uma floricultura; após sua aposentadoria passou a trabalhar com sua amiga Helena, proprietária da Helena Floricultura onde se dedicou a executar arranjos de flores, buquês e enfeites para casamento e salões de bailes.
Um verdadeiro artista, alegre e extrovertido dedicava-se de corpo e alma a todas as atividades onde sempre conseguia demonstrar seu talento e o lado artístico. Foi observando seu talento que um amigo o convidou para um curso de artes plásticas em São Paulo, mas como filho e irmão amoroso que era negou-se a afastar-se da família.
Em 1954, organizou o primeiro dos muitos blocos carnavalescos, que se transformou em motivo de expectativa entre os lemenses, pois mantinha em segredo o tema de cada ano, era ele próprio que escolhia o tema, desenhava as fantasias e ajudava na confecção das mesmas. A fantasia que usava no sábado e segunda-feira de carnaval eram sempre de sátira.
Como seus blocos sempre eram classificados em primeiro lugar, isso desestimulava os demais organizadores de bloco, foi então que os diretores dos clubes passaram a premia-lo como “Hour Concour”.
Participou da organização de diversos carnavais de rua, também da fundação e como diretor social dos clubes 29 de Agosto e Clube de Campo Empyreo, ocasião em que os bailes realizados em Leme eram famosos em toda a região, pios aqui se apresentaram as mais famosas orquestras, como as de: Silvio Mazzuca, Maestro Chiquinho (do Rio de Janeiro), Nelson de Tupã, cassino de Sevilha, Francisco Petrônio, entre outros mais. Nesse período nossa cidade recebeu artistas famosos como: Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Agnaldo Rayol, Adelaine Chiozzo, Marlene e outros, mas sua grande frustração era não ter conseguido trazer a cantora Emilinha Borba de quem era fã, tendo chegado a pintar uma tela retratando a cantora.
Tendo residido desde criança na rua Rafael de Barros, foi juntamente com outros moradores, um dos iniciantes da ornamentação do quarteirão em que residia para a procissão de Corpus Christi e que depois passou a ser feita no trajeto por onde a procissão passava.
Pessoa religiosa e devoto de Nossa Senhora Aparecida, colaborou com a realização de trinta e uma edições da Romaria dos Canoeiros do Taquari Ponte, confeccionando os enfeites da ponte e enfeitando o andor da santa, desde a primeira romaria. Seu entusiasmo era sempre o mesmo e, quando estava fazendo os enfeites de um ano já estava pensando e comentando o que faria no ano seguinte.
A partir de 1980, passou a freqüentar o bairro Taquari Ponte em quase todos os finais de semana, onde logrou angariar um grande número de amigos.
Finalmente do dia 25/02/2005 ele deixou nosso convívio, atendendo o chamado de Deus, onde com toda a certeza está alegrando os que partiram antes que nós. Pois aqueles a quem amamos, nunca morrem, apenas partem antes que nós!
Texto: Lourdes Consuli Tischer – 13/02/2007.
Postado por: Gregório Bispo  

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Profº Celso Zoega Táboas

Nascido em 05 de fevereiro de 1933 na vizinha cidade de Pirassununga interior do estado, filho de Enrique Táboas Bernardes e Dorothea Zoega Táboas, iniciou suas atividades escolares no “Grupo Escolar Coronel Franco”, e cursou o ginásio e o científico no “Instituto de Educação de Pirassununga”.
Ao completar a maioridade, habilitou-se como piloto civil pelo “Aeroclube de Pirassununga”.
Ingressou na Universidade de São Paulo, campus de São Carlos no curso de engenharia civil e participou da fundação do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira, o CAASO.
Aprovado em concurso público estadual, assumiu efetivamente em 1963 a cadeira da disciplina de matemática no “Colégio Estadual Newton Prado”, na cidade de Leme, onde fixou residência definitiva.
Apaixonado desde a infância pelo jogo de xadrez, fez dele seu esporte favorito, vencendo praticamente todas as competições das quais participou, acumulando inúmeros títulos e troféus.
Amante da cultura e das artes apreciava o teatro, a pintura, esculturas, poesia e a música, sempre reverenciando seus grandes mestres.
Faleceu aos 57 anos na cidade de São Paulo, em 07 de Dezembro de 1990, deixando mulher, filhos e netos, e a certeza de ter contribuído intensamente para a construção de um mundo melhor, mais justo e igualitário.
Deixou, sobretudo, o exemplo do cultivo à ética e á dignidade como valores fundamentais ao ser humano.
  
Postado por: Gregório Bispo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Leme - Sua Origem, Sua História.

Dr. Querubino Soeiro de Carvalho
1º Prefeito Municipal de Leme
Pelos idos de 1875 toda região do Vale do Mogi Guaçu era um extenso cafezal. O governo da Província contratou a companhia de Estradas de Ferro para construção de um ramal ferroviário, que partindo de Cordeiro (atual Cordeirópolis), chegasse até a barranca do Rio Mogi Guaçu, no Porto Ferreira (hoje Porto Ferreira), para o transporte do café produzido nessa região.
A construção foi iniciada em 1876 e no ano seguinte foi aberto o primeiro trecho da estrada entre Cordeirópolis e Araras.
A 30 de setembro de 1877, era inaugurada a estação de Manoel Leme.
Em torno desse núcleo, Estação Manoel Leme, começaram a aglomerar fornecedores de alimentos para trabalhadores da estrada de ferro.
Desse núcleo comercial, nasceu Leme.
Devido ao crescente desenvolvimento do núcleo, diversas pessoas tomaram a iniciativa de fundar uma Capela. Para padroeiro escolheram São Lázaro, posteriormente São Manoel, em homenagem ao doador do patrimônio eclesiástico, o fazendeiro Manoel Joaquim de Oliveira Leme, dando origem à cidade que recebeu o seu nome: Leme.
Em 1895, no dia 29 de agosto, Leme foi elevada à categoria de Município devido a rapidez do seu crescimento progressista.
Conseguida a emancipação política-administrativa o futuro do município passava a responsabilidade aos membros da comunidade. Em 24 de outubro de 1895, realizou-se a primeira eleição destinada a escolher os seus administradores, e foram eles:
Dr. Querubino Soeiro de Carvalho, Henrique Waldwogel, Luiz Clemente Sampaio, Romão Álvares Morales, Antonio da Silva Abade e Olímpio dos Santos, e outros empossados em 25 de novembro de 1895.
Em 1962, após árdua luta, Leme, pela Lei Quinquenal, foi elevado à categoria de Comarca.
Com ideal democrático, Leme se lança numa árdua campanha, onde todos os cidadãos participam de maneira efetiva e laboriosa, para que todo um esforço conjunto seja canalizado em uma mesma direção.

Fonte: Projeto “Brasil 500 Anos do Descobrimento”
Assessora Técnica: Maria Nilza Cassiolato Faggion
Ano: 2000
Postado por: Gregório Bispo